Dois séculos de história à espera de serem descobertos...
O Palácio da Brejoeira, classificado como património nacional desde 1910, situa-se a sul da vila de Monção, na freguesia de Pinheiros e é considerado um ex-libris de todo o Alto Minho, nomeadamente de Monção e Melgaço.
Esta construção em granito, em forma de L, com três torreões, possui dois séculos de história, mantida viva pela mão de diferentes proprietários.
Edifício de estilo Neoclássico, ainda com influência barroca, foi mandado construir no início do século XIX, por Luís Pereira Velho de Moscoso, Fidalgo da Casa Real e Cavaleiro da Ordem de Cristo, entre outras funções honrosas no seio da comunidade Monçanense. Este mandou edificar o Palácio da Brejoeira numa antiga quinta de família chamada Quinta do Vale da Rosa, tendo o seu filho Simão Pereira Velho de Moscoso dado continuidade ao seu trabalho.
No início do século XX, o Palácio da Brejoeira foi adquirido pelo Conselheiro Pedro Maria da Fonseca Araújo, um importante comerciante do Porto, presidente da Associação de Comercio e Conselheiro do rei D. Manuel II.
O período entre 1903 a 1920 foi uma nova época de festas palacianas. Entre estes dados foram recebidos no Palácio da Brejoeira hóspedes ilustres, como o Arcebispo de Braga, D. Manuel Baptista da Cunha e o Infante D. Afonso (Tio do Rei D. Manuel II), em Junho de 1910.
Em 1937 o Palácio foi mais uma vez vendido, sendo adquirido pelo Comendador Francisco d'Oliveira Paes para o oferecer a sua filha Maria Hermínia Silva d'Oliveira Paes, nascida em 1918. Foi esta quem reestruturou a propriedade e procedeu à plantação das vinhas da casta Alvarinho lançando a marca "Palácio da Brejoeira". Apesar desta propriedade ter sempre produzido vinho não tinha a importância comercial que assumiu a partir de 1976, altura em que foi lançada a marca. Antes, o vinho era destinado ao consumo familiar ou vendido a granel para pequenas mercearias, com as castas Bracelho, Pedral e Negrão/Vinhão.
Em 1964 Maria Hermínia d'Oliveira Paes procurou o Engenheiro João Simões de Vasconcelos, com quem se aconselhou, iniciando nesse ano, com a assessoria deste na vinicultura, a plantação dos primeiros hectares de vinho Alvarinho. Contou mais tarde com o apoio do Engenheiro Agrónomo Amândio Galhano, na enologia. Em 1974 nasce uma adega com todas as condições exigidas para a produção de vinho Alvarinho e em 1976 é lançada a marca de Alvarinho “Palácio da Brejoeira”.
A Quinta da Brejoeira é composta por 30 hectares, sendo que 18 são de vinha de casta Alvarinho, 8 de bosque e os restantes 4 incluem edifícios e jardins.
O Palácio da Brejoeira representa a harmonia da arquitetura típica do início do século XIX. No interior podemos observar vários salões decorados com peças únicas maioritariamente estilo império e oriental, que demostram o luxo à época, nomeadamente peças de decoração e tapeçarias.
Em redor do Palácio desenham-se os jardins estilo Inglês, com lagos, frondosas cameleiras, estátuas de figuras mitológicas.
No bosque, encontramos uma vasta coleção de árvores exóticas, bem como o lago e a Ilha dos Amores, obras do grande paisagista de jardinagem Jacinto Matos, que expressam o romantismo deste espaço.
Entre a vinha e o Palácio, na Adega Antiga encontra-se a envelhecer, em barricas de carvalho francês, a Aguardente Vínica Velha “Palácio da Brejoeira”.
A ampla loja de enoturismo situa-se no hall interior das antigas cavalariças do Palácio, um anexo de grande interesse estético e funcional, com especial destaque para o grandioso bebedouro. Um espaço singular, simultaneamente usado como galeria para as várias exposições e ainda como principal na sala de provas, onde o mais nobre do néctar assume o protagonismo!
Marcação de visitas:
Provas de produtos:
De segunda a domingo:
9h00 -12h30 e 14h00 - 18h30