Seculares, as pesqueiras do Rio Minho constituem um legado histórico de construções populares que testemunham o engenho e as artes da pesca fluvial artesanal que aqui se praticava e a que, ainda, hoje se pode assistir.
Podem ter sido feitas pelos povos castrejos que habitavam as margens do rio Minho e que já trabalhavam a pedra e o ferro, foram aperfeiçoadas pelos romanos e no Século XI eram referidas em doações a mosteiros e ao cabido de Tui. Constituem, por isso, integram o Inventário Nacional do Património Imaterial.
Habilidosos sistemas de muros construídos a partir das margens, as pesqueiras assumem-se como barreiras à passagem do peixe, que se vê assim obrigado a tentar passar pelas pequenas aberturas (bocas) através das quais, coagido pela força da corrente, acaba por ser apanhado em engenhosas redes criadas para este efeito!
Entre os meses de janeiro a abril, é possível assistir à pesca da lampreia ou do sável e saborear as receitas tradicionais que cresceram nas margens deste rio. No resto do ano pode percorrer belos trilhos de acesso às pesqueiras, conhecer a arte da pesca, as histórias e as curiosidades maravilhosas contadas pelos pescadores.